Seja de forma profissional ou amadora, todos os praticantes de atividades esportivas estão predispostos a sofrer com lesões musculo-esqueléticas. Sabe-se ainda, que a mínima lesão esportiva é capaz de diminuir o desempenho do atleta durante sua prática esportiva e, conforme a gravidade da lesão, o atleta deverá diminuir ou se afastar dos treinos e jogos para que haja uma recuperação adequada. Portanto, a Fisioterapia Preventiva visa diminuir o número e a severidade da lesão, e, ainda, preparar o atleta para desempenhar adequadamente suas funções na quadra.
Em alguns esportes e até mesmo profissões, alguns músculos são mais exigidos que outros provocando assim um desequilíbrio muscular, tal desequilíbrio também pode provocar lesões, um exemplo mais frequente é um estiramento do músculo enfraquecido, comum em jogadores de futebol quando realizam um chute mais forte e, portanto, sentem dores no posterior da coxa, por exemplo.
Em qualquer atividade que gerar impacto (vôlei, basquete, tênis, handebol), o que irá ajudar a proteger sua articulação do choque seja ele forte ou excessivo, será uma musculatura forte e resistente. Não vai ser seu tênis "super Z" que vai reduzir o impacto de suas corridas, o que o suporta é uma musculatura desenvolvida.
No tênis há uma lesão comum no cotovelo (Epicondilite Lateral), ocasionada pelo excesso de uso de um mesmo braço. Essa lesão, que se origina no cotovelo, ocorre nos tendões e nos músculos extensores de punhos e dedos. A musculação é capaz de fortalecer e melhorar a flexibilidade, devido ao fato de que a musculação fortalece o tendão tão exigido.
Quem trabalha com a fisioterapia desportiva sabe que é impossível eliminar todas as lesões, principalmente aquelas por traumas diretos. Porém, alguns pontos específicos da prática esportiva devem ser levados em conta para prevenir o aparecimento das lesões como: a modalidade esportiva praticada e os grupos musculares mais utilizados para tal, as características físicas do atleta e a identificação das lesões mais comuns que este atleta está sujeito de acordo com as suas atividades. Para isso, alguns fatores de risco devem ser identificados como: esporte individual ou coletivo, de contato ou impacto, nível de competição, superfície de jogo, uso de equipamento de proteção, idade, gênero, lesões prévias, condicionamento físico, flexibilidade e força muscular, posicionamento do atleta dentro da quadra, biomecânica do gesto esportivo, entre outros. A partir dessas informações, o Fisioterapeuta deve desenvolver e aplicar estratégias de prevenção de forma individualizada durante um período pré-determinado e refazer a avaliação, comparando seus resultados ao início do programa preventivo.
Por fim, a realização de exercícios para fortalecimento dos músculos de estabilização central, conhecidos como Core,buscando melhorar a função dos membros durante e evitando a instabilidade articular e alterações biomecânicas. Além disso, criar o hábito de se alongar se faz importante a medida que a flexibilidade da musculatura encurtada poderia trazer complicações futuras. Além disso, o alongamento ajuda a dar mais liberdade ao movimento do atleta e auxilia na diminuição de aderências teciduais.
Fonte:Façafisioterapia
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