Campeã paralímpica em 2000, veterana do atletismo venceu doença e tratamento de um ano para voltar a competir: ‘Achei que tudo tinha acabado, mas foi um recomeço’
Rosinha Santos escreveu mais um grande capítulo em sua história de superação no Parapan de Toronto. A veterana do atletismo paralímpico conquistou o bronze, na última terça-feira, na prova de arremesso de peso categoria F56/57, depois de ficar afastada do esporte por um ano enquanto fazia tratamento contra um câncer linfático na garganta.A medalha representou o segundo “renascimento” na vida de Rosinha, que aos 18 anos, quando trabalhava como empregada doméstica, perdeu a perna esquerda vítima de um atropelamento causado por um motorista embriagado.Campeã paralímpica no arremesso de peso e de disco nos Jogos de Sydney 2000, e ouro no arremesso de disco no Parapan de Guadalajara 2011, a pernambucana de Recife temeu pelo fim da carreira de atleta ao descobrir a doença.“Quando fiquei sabendo do câncer pensei que nunca mais iria competir. Achei que tudo tinha acabado. Mas foi um recomeço”, relatou a atleta, de 43 anos. “Foi onde encontrei forças para tentar chegar ainda mais longe”, completou.O tratamento do câncer, descoberto em janeiro de 2014, durou um ano e a afastou completamente de qualquer atividade esportiva. “Não podia tomar sol, não podia fazer esforço”, contou. Apenas em 19 de janeiro deste ano ela recebeu alta médica para voltar a treinar. “Passa um filme na minha cabeça de tudo o que fiz, do que aconteceu comigo”, relembrou.Antes de se aposentar definitivamente do atletismo, Rosinha ainda tem um desejo: disputar sua quarta edição de Paralimpíadas em 2016, desta vez em casa – antes, competiu em Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008. “Se o treinamento até agora foi leve em função do retorno da doença, agora vai ser pesado”, prometeu.
Fonte:http://www.casadaptada.com.br/
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